Redação 12/11/2010 11h49
folha de São Paulo

Tiririca foi eleito com 1,3 milhão de votos, mas responde a uma ação que apura se ele sabe realmente ler e escrever. Segundo o promotor, uma prova técnica produzida pelo Instituto de Criminalística apresenta uma diferença entre a grafia no documento original.
O promotor vai mais longe e afirma ainda que "a vontade popular não pode tudo" e que o candidato foi eleito em cima de um personagem, não em cima do Francisco, que se tirar a fantasia ninguém o reconheceria.
A data da audiência é segredo de Justiça. Mas, de acordo com o promotor, o réu pode ter que provar na hora se é alfabetizado ou não, podendo ser absolvido ou não - que não impediria a diplomação no dia 17 de dezembro.
O candidato poderia ter realizado uma leitura de um documento, mas preferiu apresentar uma declaração, respaldado pelo artigo 16, inciso IV, parágrafo 9 º da resolução 23.221 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A constituição define no artigo 14, no parágrafo 4, que os analfabetos são inelegíveis. No entanto, a Justiça não definiu ainda o que é analfabeto. O promotor propõe, no entanto, que o tribunal use o parâmetro da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo para avaliar Tiririca.
O órgão usa o critério da alfabetização funcional, que avalia o grau de leitura, escrita e interpretação em função do meio social em que a pessoa vive.
Amigos do blog, pensei que a novela Tiririca tinha acabado, mas não.
O desembargador Walter de Almeida Guilherme, presidente do TRE de São Paulo, que assistiu ao teste sobre se o deputado eleito pelo PR é ou não alfabetizado, repassou a decisão em última instância ao colega Aloízio Rezende Silveira, juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
Pelo geito essa novela vai muito longe, espero que o eslogam usado pelo deputado eleito: "vote em tiririca, pior não fica" se confirme e gere em cada brasileiro um sentimento que não vale apena eleger nínguem.
Um comentário:
Exelente tema!
Atual, controverso e entrigante.
Continue assim!
Marcus...
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